Histórico

 

O curso de licenciatura em Educação Intercultural foi concebido por uma demanda dos povos indígenas da região Araguaia-Tocantins e atende aos anseios destas comunidades, respeitando o que rege a Constituição Federal e posterior legislação específica sobre a importância e o direito à diferença da Educação Escolar Indígena.

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O primeiro Projeto Político Pedagógico do curso foi criado no ano de 2005, mediante a atuação conjunta de professores indígenas e universitários. A Universidade Federal de Goiás aprovou a criação do curso através da Resolução n° 11/2006 do CONSUNI de 28 de julho de 2006, atuando em parceria com a Universidade Federal do Tocantins (UFT) e a Fundação Nacional do Índio (FUNAI).

Em sua primeira turma de ingressantes (2007), o curso contou com 59 estudantes representantes de sete povos. Ao longo dos anos, o curso foi se consolidando como uma referência nacional na formação de professores indígenas, com uma forma pioneira de envolver as comunidades indígenas nas diferentes ações pedagógicas, contemplando os saberes tradicionais, a interculturalidade, a transdisciplinaridade, o multilinguismo e a diversidade como pilares próprios de sustentação.

A partir de 2008, o curso passa a ser financiado com recursos do Programa de Apoio à Formação Superior e Licenciaturas Interculturais Indígenas (PROLIND) (seleção no eixo II do edital de 2008), o que lhe confere maior autonomia.

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No início, a sede do núcleo era na Faculdade de Letras, com atividades conjuntas com a Faculdade de História e parcerias com outras Unidades Acadêmicas da UFG. Em 2014, inaugura-se um prédio próprio para o núcleo de educação intercultural, então designado como Núcleo Intercultural de Educação Indígena Takinahakỹ, termo indígena que significa “grande estrela".

 

 

Na ocasião da fundação do prédio, o então coordenador do curso, professor André Marques do Nascimento, ressaltou a função que o novo prédio desempenha na ressignificação do espaço da UFG. “Não só por sua arquitetura inspirada na riqueza cultural indígena, mas, principalmente, por se tornar um símbolo de que é possível uma universidade aberta às muitas formas de se conhecer e interpretar o mundo”.

Atualmente, o curso contempla 286 estudantes de 27 povos residentes nos estados de Goiás, Tocantins, Maranhão, Mato Grosso e Minas Gerais, tendo formado até o presente 239 professores indígenas.

 

fontes:
https://www.ufg.br/n/71676-nucleo-de-educacao-intercultural-takinahaky- inaugura-predio
https://ensinosuperiorindigena.wordpress.com/atores/instituicoes/ufg/
https://ensinosuperiorindigena.wordpress.com/atores/nao-humanos/li-ufg/