Estágio Supervisionado

O Estágio Pedagógico Curricular é desenvolvido de acordo com os termos das Resoluções CNE/CP nº 01/2015; CNE/CP nº 02/2015; CEPEC/UFG nº1122/2012, e das Diretrizes para a Política Nacional de Educação Escolar Indígena, de 2003, bem como com as bases epistêmicas acumuladas ao longo de onze anos do Curso, e em estreita relação com as diferentes práticas formativas dos/as estudantes durante o curso. Realiza-se por meio de temas contextuais, que reivindicam a prática da pesquisa. Este caminho permite a mobilização de estudos que ofereçam elementos para a análise dos contextos escolares, assim como o desenvolvimento de posturas e habilidades enquanto pesquisadores/as, frente às situações observadas, e à elaboração de projetos pedagógicos voltados à compreensão e à problematização das demandas escolares.

O impacto do estágio nas escolas indígenas reflete a importância dada à investigação do conhecimento produzido pelos/as alunos/as egressos/as e atuais e pelos/as professores/as do Curso. Aponta também para a necessidade de se prestar mais atenção ao tipo de saber que atende às necessidades dessas escolas. Desta forma, as experiências compartilhadas enriquecem todo o processo de formação, visto que este é embasado nos desafios e enfrentamentos reais desses/as professores e professoras indígenas no cotidiano escolar. Percebe-se, assim, que a abordagem pedagógica por meio de temas contextuais abarque em seu percurso debates críticos sobre a superação da reprodução de saberes, e da passividade pedagógica.

Há que se dar destaque ao “Caderno de Estágio”, entendido aqui como as várias formas de se tomar nota de todos os estudos desenvolvidos, o que contempla registros de diferentes naturezas, sendo estes de protagonismo e autoria do/a estudante indígena. Estes registros devem ser considerados no âmbito do Comitê Orientador, uma vez que o estágio traz, em seu movimento, a incessante busca por paradigmas inovadores, a partir dos quais se promove a interconexão de saberes, rompendo com o padrão educacional que fragmenta e compartimenta conhecimentos entre as disciplinas.

Nesta perspectiva, vislumbram-se diferentes metodologias para a desconstrução do mito do eurocentrismo epistêmico, desafiando, assim, os/as estudantes a pensarem a educação de uma perspectiva plural e subversiva à lógica colonialista, movimentando-se constantemente entre os papéis de estudantes do Curso e professores/as agentes formadores/as das escolas indígenas em contextos de interações interculturais.

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