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Núcleo Takinahakỹ de Formação Superior Indígena

 

O curso de licenciatura em Educação Intercultural da UFG existe desde 2006, sendo em 2014 inaugurado o prédio que comporta esse curso junto ao Núcleo Takinahakỹ de Formação Superior Indígena (NTFSI). Além do citado curso de graduação (com três modalidades de formação – na área da cultura, da linguagem ou da natureza), o núcleo ofereceu um curso pós-graduação no nível de especialização e esta em preparação de uma proposta de mestrado para atender a demanda dos egressos do curso assim como demais docentes indígenas. 

Atualmente, o Curso de Educação Intercultural oferecido pelo NTFSI conta com cerca de 300 alunos indígenas, em sua maior parte professores. O curso atende aos indígenas do Território Etnoeducacional da Região Araguaia-Tocantins, do Parque Indígena do Xingu e da Terra Indígena Xakriabá, falantes de línguas pertencentes aos troncos Tupi e Macro-Jê e às famílias Carib, Aruak, Bororo e Trumai.

Provenientes dos estados de Goiás, Mato Grosso, Tocantins, Maranhão e Minas Gerais, os alunos pertencem a 31 distintas etnias: Akwẽ-Xerente, Apànjêhkra/Canela, Apyãwa/Tapirapé, A’uwẽ Uptabi/Xavante, Bero biòwa mahãdu/Javaé, Boe/Bororo, Canela do Araguaia, Crẽh cateh cati ji/Krĩkati, Guajajara, Ikpeng, Iny/Karajá, Ixỹbiòwa/Xambioá, Kajkwakhrattxi/Tapayuna, Kalapalo, Kamayurá, Kawaiwete/Kayabi, Khĩsêtjê, Krahô, Krẽka/Xakriabá, Kuikuro, Matipu, Mehinako, Mẽmõrtũmre/Canela, Mẽtyktire/Kayapó, Panhĩ/Apinajé, Pyhcop cati ji/Gavião, Tapuia, Trumai, Wauja, Yawalapiti, Yudja/Juruna.

O Curso de Educação Intercultural da Universidade Federal de Goiás surgiu em atendimento à solicitação de lideranças indígenas da região Araguaia-Tocantins e a partir de diálogos, reuniões e seminários ocorridos entre indígenas dos estados de Goiás, Tocantins, Maranhão, Roraima e Rondônia, professores da UFG, profissionais da FUNAI, MEC/SESU/SECADI, CTI e das Secretarias de Educação dos Estados de Goiás, Tocantins e Maranhão.

Contribuíram para a proposta do Curso de Educação Intercultural as experiências vivenciadas em outros cursos de formação de professores indígenas em nível de magistério, promovidos por organizações governamentais e não governamentais, e também nas licenciaturas indígenas, como as da UNEMAT e da UFRR. Assim, o curso teve sua proposta construída coletivamente, considerando-se as necessidades, os projetos e as propostas educacionais desejadas pelas comunidades indígenas, que sonhavam com outro tipo de escola, ou seja, uma escola que atendesse às suas demandas e não às políticas externas.

Aos concluintes do curso de Educação Intercultural, é conferido o título de Licenciado na habilitação escolhida. O processo seletivo para ingresso no curso é especifico e exclusivamente destinado aos indígenas, com oferta atual de 40 vagas por ano.

 

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